Depilação no verãoNo verão, estar com a depilação em ordem é mais do que essencial para quem deseja usar e abusar das roupas curtas que ficaram guardadas no armário o ano todo e ainda encarar sem medo um belo biquíni. Para fugir do erro e garantir um resultado perfeito, dias antes de embarcar para a praia, vale a pena investir em alguns cuidados especiais para eliminar os fiozinhos que insistem em aparecer nas pernas, axilas e virilha, sem prejudicar a saúde da cútis.

O encravamento dos pelos, as manchas e as famosas irritações podem acontecer em alguns casos. Por isso, confira, a seguir, os principais cuidados e truques para acertar na remoção dos fios e curtir o verão livre, leve e lisinha.

É "importante tomar certos cuidados na hora da escolha de onde, quando e qual técnica usar, principalmente nas áreas mais sensíveis que ficam expostas ao sol. A exposição ao sol e o suor causado pelo calor excessivo podem causar manchas e irritação na pele. O ideal é, depois de se depilar, aguardar um período de 24horas antes de expor a pele ao sol, usando sempre o protetor solar. A esfoliação é uma boa aliada da depilação, pois irá remover as células mortas e evitar que os pelos encravem resultando em uma aparência irritada. É importante também manter a pele sempre hidratada, isso evita o ressecamento, que pode gerar processos inflamatórios causados pela coceira", informa a dermatologista Dra. Silvia Zimbres, da Doux Dermatologia.

Técnicas de depilação

•       Lâmina: pode ser usada em todo corpo, é indolor e barata. Nunca deve ser feita “a seco”, mas sim usando de preferência uma espuma para depilação (até vale o sabonete); a lâmina deve acompanhar o sentido do crescimento do pêlo, o que diminui a agressão `a pele e os pêlos encravados. Uma grande desvantagem é que os pêlos crescem rapidamente e geralmente tem que se fazer novamente após uns 2 dias, dependendo da área do corpo. Nunca usar a mesma lâmina várias vezes, pois o metal vai oxidando e pode causar alergia pelo níquel.

•       Cera: pode ser quente ou fria, sendo a primeira melhor por dilatar os poros e permitir uma saída mais fácil dos pêlos. É importante observar e exigir que a esteticista use cera descartável. Deve ser feita a cada 20 ou 30 dias e pode ser aplicada em pêlos grossos e finos, de qualquer região do corpo. Apesar de ser um método rápido, é doloroso, pode encravar os pêlos e provocar manchas. Além disso, é necessário que o pêlo esteja com pelo menos 5 mm de altura para que a depilação seja feita. Evitar também o uso de cera no rosto, pois é uma pele mais fina e a tração constante pode levar à flacidez.

•       Creme depilatório: trata-se de um produto que pela ação química dissolve a haste do pêlo. Pode ser usado em rosto e corpo, é indolor e pode ser aplicado em casa. A principal desvantagem é que pode haver sensibilização da pele, causando uma espécie de dermatite (inflamação da pele). Os pêlos voltam a crescer depois de mais ou menos 2 dias.

•       Aparelhos elétricos: podem ser “de disco”, que puxam os pêlos pela raiz (por isso, há dor, mas a depilação dura uns 20 dias) ou “de lâminas”, que cortam os pêlos superficialmente (sem dor, mas o processo tem que ser repetido a cada 2 dias). Tomar cuidado com a virilha, quando é usado o aparelho de disco, para não machucar.

•       Laser: hoje em dia fala-se mais em “depilação prolongada” do que propriamente em “depilação definitiva”, pois se sabe que após alguns anos pelo menos uma penugem volta a crescer. O conceito da depilação a laser se baseia em uma redução de aproximadamente 70 a 80 % dos pêlos após um número médio de sessões (em torno de 10). Podem ser usados vários tipos de laser, entre eles de Diodo, Alexandrite, Nd:YAG e Rubi, além da Luz Intensa Pulsada. Quem indica é o médico, levando em conta o tipo de pele e pêlo e área ser tratada. Pode ser feito em rosto e corpo e quanto mais escuro e grosso for o pêlo, mas rápida é a resposta. Deve-se tomar cuidado com peles mais morenas ou bronzeadas. 

•       Folhas prontas: fazem o mesmo trabalho da cera fria, o interessante é que são individuais, e fazem menos sujeira, porém pode ser mais dolorido.

•       Pinça: a pinça é uma boa alternativa para retirada de poucos pelos em algumas áreas específicas como a região do queixo e sobrancelhas, por exemplo. Mas o principal problema é o trauma que ela pode provocar à pele, quando o uso for contínuo e se você insistir demais para remover os pelos curtinhos. Essa atitude pode provocar manchas acastanhadas e, muitas vezes, até nódulos e cicatrizes. Se for feita da forma correta, a depilação com pinça não engrossa os pelos. Isso porque os pelos são removidos desde a raiz. O cuidado vai para não quebrar o pelo na hora da puxada. As chances de encravamento são as mesmas que a da cera, já que os pelos também perdem a força e têm dificuldade para chegar à superfície da pele. Não causa nenhum tipo de flacidez, já que, se feito da maneira correta, não causa qualquer lesão à pele.

•       Depilação com linha: é uma técnica que vem crescendo muito, não deixa a pele sensível e não provoca irritação ou alergia. É utilizada apenas uma linha de algodão que recebe uma solução de soro fisiológico para a aplicação, assim como o local a ser depilado também recebe. È preciso ser feita por uma profissional, pois exige treino. Apesar da dor da depilação com linha, há ainda o benefício de evitar os riscos de irritações, pelos encravados ou alergias, além disso, o método ativa a circulação sanguínea da região.

Cuidados pós-depilação

É normal a pele ficar vermelha após qualquer método depilatório. Pode-se então fazer compressas com bolsa de gelo ou chá de camomila no local. Pode-se também aplicar loções e géis, com substâncias calmantes como azuleno, alfabisabolol e ácido glicirrhízico. Nunca usar pomadas gordurosas para não obstruir os folículos e causar foliculite. Podem-se usar também cremes que combinam corticóides e antibióticos, mas estes devem ser prescritos pelo dermatologista.

Foliculite: o que fazer ?

Se mesmo com as recomendações acima os pêlos encravaram, a primeira coisa a fazer, ou melhor, NÃO fazer é “cutucar” para tentar desencravar: isso gera manchas, cicatrizes e infecções. Em casa deve-se fazer uma esfoliação da pele, para facilitar a saída dos pêlos. A pele deve ser também muito bem limpa, pois também há ação de bactérias na foliculite. Além disso, só o dermatologista pode ajudá-la na elaboração de fórmulas para aliviar o processo, além de orientar na realização de laser.

Mais informações:

Doux Dermatologia
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