Foi realizado nos dias 28 e 29 de abril, no Novotel Center Norte, em São Paulo, o Men’s Beauty Show, primeiro congresso e exposição cosmética, estética e saúde masculina.

Men's Beauty Show

A abertura do evento foi realizada por João Carlos Basílio, presidente da ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmética, Maria Amelia Abdalla, diretora de eventos da Targets Eventos, organizadora do congresso, e Mario Ruggiero, diretor comercial da Nielsen. Segundo Basílio, o evento teve como objetivo despertar os profissionais da área da beleza para a importância do atendimento aos homens. “Há 20 anos, esse setor não sabia o que era, não se unia e não colocava os associados para conversar sobre o mercado. Esse cenário precisa mudar, sobretudo pelo fato do Brasil ser o 2º maior mercado de higiene pessoal e cosméticos no mundo”, afirma. 

Ruggiero, por sua vez, alertou para o grande crescimento da pasta de higiene e beleza. “Nos últimos 16 anos, esta perdeu apenas para os produtos perecíveis, e dentro dela, os produtos de cuidado com os cabelos foram os que mais se desenvolveram”.

Homem gosta de exclusividade!

Alberto Keidi Kurebayashi, presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, falou sobre o desenvolvimento de linhas de produtos para o mercado de cosméticos masculinos. Durante sua palestra, sublinhou pontos importantes para a compreensão deste segmento, como por exemplo, o fato do homem não acompanhar a evolução da cosmética. Segundo ele, para fazer sucesso junto à ala masculina, o cosmético precisa ter uma mensagem objetiva e prática. “Além disso, homem não gosta de produto pegajoso, portanto a fórmula deve ser leve, de absorção rápida, refrescante e, de preferência, multifuncional”. E mais: este público gosta de exclusividade. Não há homem que se sinta à vontade usando o creme da esposa. Uma boa ideia para fazer o cosmético emplacar é colocar o famoso ‘for men’ na embalagem.

Os tipos de homem e o mercado de cosméticos

Na sequência, foi a vez de Sonia Corazza, pesquisadora científica especializada em Cosmetologia, comandar uma palestra sobre desenvolvimento de produtos sob a ótica fisiológica masculina. Sonia apresentou os diferentes estilos de homens atuais (além dos metrossexuais, há ainda o retrosexual, o famoso machão, que não gasta seu tempo se cuidando e é o tipo predominante no Brasil, o übersexual, adepto de cuidados, mas sem exageros, o technosexual, também conhecido como geek, e pomosexual, aquele que faz seu estilo e rejeita qualquer rótulo) e sublinhou: “o homem brasileiro vem sendo educado e cabe à indústria cosmética ajudar nesse processo”.

Sonia lembrou também do peso que o mercado de trabalho tem sobre a preocupação estética do homem, que se cuida mais por medo de perder espaço e, desta forma, acompanhou a globalização.

Índice de vaidade masculina cresce

Finalmente, José Cirilo Teixeira Junior, diretor de marketing da Procter e Gamble, conduziu uma discussão a respeito das ferramentas de marketing para o cosmético masculino. Chamou a atenção alguns dos dados apontados, como o crescimento de produtos masculinos no Brasil, que já bate 25% ao ano e o nível de preocupação dos homens com a aparência, 85%, muito próximo do índice feminino, que chega a 91%. Para Junior, isso aponta uma passagem da postura masculina, que move-se da higiene para o chamado ‘grooming’, o cuidado pessoal como um todo. 

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