Todo profissional bem-sucedido sempre tem grandes planos para o seu negócio ou carreira. E, no segmento da beleza, não é diferente. Novas promoções para o salão, formas diferentes de capacitar a equipe e estratégias únicas para motivar o cliente devem fazer parte do pensamento do gestor, mas elas não passam de ideias se não estiverem inseridas em um planejamento.
Isso mesmo. De boas ideias o mundo está cheio, e executá-las de maneira precipitada ou isolada pode fazer com que elas percam o efeito surpresa. O planejamento é uma ferramenta para o crescimento do negócio. Um “plano de voo”, que define escolhas com o objetivo de construir uma situação futura.
“Planejar implica utilizar os recursos da melhor forma para atingir os alvos desejados, evitando desperdícios e perda de tempo. Mais importante do que saber onde se quer chegar, é ter claro o que não se deve fazer”, afirma Alcides Vezozzo Jr., consultor sênior na IGAPÓ Consultoria.
Nesta etapa, não vale se enganar e fazer algo somente por “protocolo”. Não surtirá efeito. Para Alcides, o que caracteriza um bom planejamento é a sua viabilidade de execução, além da capacidade de efetivamente chegar ao objetivo proposto. Para ter viabilidade, o planejamento deve contemplar todas as variáveis que podem impactar o resultado, orientando as ações de maneira estruturada, alocando os recursos necessários e estabelecendo métricas de desempenho.
Não sei fazer. E, agora?
Se você deseja traçar novos rumos para o seu salão de beleza em 2017, mas não sabe como começar a planejar, saiba que a tarefa do planejamento precisa envolver toda a empresa. Cabe ao time de gerência capitanear o processo, tendo um líder escolhido para dar ritmo aos trabalhos. Mas, a tarefa não fica restrita aos líderes. “É importante que sejam incluídos grupos de funcionários, de acordo com os temas a serem tratados e os assuntos de cada área, pois a contribuição gera compromisso com a implantação das decisões estabelecidas. Um projeto visto como sendo somente da diretoria terá dificuldade para ser validado”, recomenda o especialista.
Se você está pensando em inciar a tarefa, saiba que o momento ideal para preparar o planejamento do novo ano é entre novembro e dezembro, pois, nestes meses, já é possível projetar tendências e resultados, com base nas informações do ano em curso, e utilizá-las como insumo para a próxima etapa. Neste tempo também começam a ser disponibilizadas as informações do cenário econômico, desenhado por consultorias e bancos, que deve embasar o planejamento. Mas, antes tarde do que nunca.
“O horizonte de interesse, para a maioria das empresas, é de médio prazo – três anos – com revisão de curto prazo – a cada ano.
Passo a passo
O especialista traçou um passo a passo para realizar um bom planejamento. Confira!
1. O ponto de partida é a definição dos valores da empresa, visão e missão, que explicam a razão de sua existência e porque faz o que faz. É a matriz do DNA, que molda as decisões estratégicas e operacionais.
2. Em seguida, vem a fase de análise de informações: mercado, concorrentes, clientes, tendências tecnológicas, oportunidades, ameaças e a própria empresa, com seus pontos fortes e limitações.
3. O próximo passo é estabelecer os objetivos e metas: o que a empresa pretende alcançar, onde e quando. É a fase das definições e também da identificação dos recursos necessários para chegar aos alvos, dos quais o mais importante são as pessoas.
4. Com os objetivos definidos, é formulada a estratégia, verificando se os recursos necessários para a implementação estão disponíveis ou como serão obtidos. A chave aqui é a responsabilização clara de cada ação a ser implementada. Sem isso, não é um plano, mas um desejo bem intencionado.
5. Para completar o processo, as métricas de avaliação e controle são criadas e a performance pode ser sistematicamente monitorada, através de relatórios periódicos, com indicadores que evidenciem os desvios e permita a atuação gerencial.
Não fique só no planejamento
O planejamento não é nada sem um plano de ação, que deve ser consistente e realista. Além disso, deve se preocupar com as pessoas que implementarão o planejado, desenvolvendo as competências dos membros das equipes. Lembrando que competência é saber por em prática os conhecimentos.
Outra questão importante é trabalhar a motivação de todos os envolvidos. Motivação é uma porta que abre somente para dentro, portanto, precisa ser induzida. Não se pensa somente na questão financeira: um dos fatores que mais incentiva as pessoas a agir é o sentimento de pertencimento, fazer parte, de ser ouvido. Por outro lado, é o monitoramento - sistemático e detalhado - que assegura a execução de todas as atividades definidas. Fundamental é que todo o processo seja conduzido por um líder forte e com autoridade legitimada”, finaliza.
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